
Desde 2013 atua no Rio de Janeiro
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A performance itinerante Corpo Ambiente foi criada em 2015 e teve estreia nacional em setembro deste mesmo ano na cidade de Recife, durante o II Encontro de Contato Improvisação de Pernambuco. A composição da performance dialoga com a imprevisibilidade da rua, estabelecendo uma trajetória a ser estudada e adaptada a cada novo ambiente-rua na qual a
experiência performática for ser realizada. Ao longo dessa trajetória, a dramaturgia da performance baseia-se em estruturas coreográficas abertas à improvisação, que permitem aos corpos dos performers estarem porosos e serem afetados pelo inusitado que o ambiente-rua propõe a cada instante.
A crise da urbanização planetária, a partir de textos do geógrafo inglês David Harvey, entrevistas com o antropólogo brasileiro Eduardo Viveiros de Castro, o conceito de Parangolé do artista brasileiro Hélio Oiticica e a obra “Caminhando” da artista brasileira Lygia Clark foram bases teóricas chaves na construção dramatúrgica da performance Corpo Ambiente.
A diretora da performance Aline Bernardi convidou a artista plástica Fernanda Ribeiro para pensar e realizar a criação de um objeto que foi nomeado de “Parangolé Moebius”: este objeto passou a ser o fio estrutural que guiou a construção dramatúrgica. O “Parangolé Moebius” é um tecido elástico de 4m de comprimento que durante a performance se transforma a todo tempo a partir das relações entre os corpos dos performers, os corpos dos transeuntes e os elementos visíveis e invisíveis do ambiente-cidade; tendo 3 imagens bases como estrutura aberta à improvisação: o tecido fechado por zíper formando um círculo que estabelece uma fronteira definida entre o que é interno ao círculo e o que é externo ao círculo; o tecido torcido fechado por zíper formando uma Fita de Moebius, onde o dentro e o fora são dobras; e o tecido aberto formando uma imagem de faixa de protesto.
O que pode a arte enquanto campo de conhecimento diante do contexto que vivemos? Por quais caminhos podemos criar corpo para criar vida perante tanta precarização? Quais são as bases de uma autonomia da criação? O que se faz diante dessas questões? Que corpo e que dança se cria com esses atravessamentos? Como sacudir o corpo-pensamento e sentir das tripas ao coração? De que maneira vestir a crise como resultado da ambição humana, e ainda assim trabalhar na tarefa crucial de manter a alegria e a vontade de viver? Qual ritmo queremos estabelecer com a floresta, com a natureza? Qual realidade queremos co-criar? Perguntas que não são novas, mas que continuam cada vez mais pertinentes e que precisam manter-se vivas em nosso cotidiano.
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"Gaia não tem nem dentro nem fora em relação a nós, e nós em relação a Gaia. A imagem velha, mas sempre fascinante, que é a imagem da Fita de Moebius, ou da Garrafa de Klein, de um objeto que não tem nem dentro nem fora, ou nem um lado e outro, me parece pertinente para definir a nossa relação paradoxal com Gaia, porque na verdade não é possível, como nunca foi possível, separar humanidade de ambiente, como não se trata de colocar um dentro e um fora, um ambientado e um ambientante. (…) Trata-se muito mais de dois modos de se começar um percurso. (…) O que não quer dizer que não haja uma dobra, uma dobra ou uma torção."
Eduardo Viveiros de Castro